Criando jardins e áreas verdes para relaxar e cultivar plantas

Criando jardins e áreas verdes para relaxar e cultivar plantas

As pessoas sempre me perguntam quanta água as plantas precisam. E com que frequência regar.  Não existe uma fórmula pronta para isto. A gente aprende observando as plantas que cuidamos no dia a dia. As folhagens,  através das suas folhas, nos avisam quando estão precisando de água. As folhas começam a ficar “para baixo, caídas”. Basta molharmos que as folhas se recuperam, ficam viçosas e eretas novamente. Vou dar algumas dicas para você saber a frequência e a quantidade de água que as suas plantas precisam.

Primeiramente, cada espécie de planta tem uma necessidade específica de água. Algumas precisam estar com o solo sempre umedecido, outras gostam do solo mais seco. E outras preferem o solo sempre encharcado. O segredo está em observar e pesquisar a origem da planta: se ela é do deserto, gosta de solo seco. Se é uma planta cujo habitat natural é a floresta tropical, então ela gosta de calor e umidade. As suculentas gostam de pouca água. As orquídeas gostam que borrifem uma neblina criando umidade na volta delas. Não existe uma regra geral, varia de espécie para espécie e também varia conforme a estação do ano.

Dicas gerais:

1.  Se a planta tem a folha fina e delicada, ela precisa de mais água. Por exemplo: as samambaias, as avencas, as plantas de horta. Se a folha é grossa como as suculentas e cactáceas, não necessitam água com frequência porque possuem a capacidade de armazenar água dentro das folhas e caules.

2. Ao plantar uma muda, a primeira rega deve ser abundante. Se for em vaso, regue até sair água pelo furo do vaso. A  drenagem do vaso é fundamental para o perfeito escoamento da água.

3. Depois do plantio, no primeiro mês regue em dias alternados. Depois, regue quando a terra estiver começando a ficar seca. Veja a explicação técnica no final do texto. Não deixe a planta secar para regar, isto prejudica o seu desenvolvimento.

4. Existem sistemas de irrigação com gotejamento e controladores automáticos que fazem este serviço com perfeição. Mas sempre precisa ter o olho humano para ver se tudo está funcionando e se a dosagem das regas está adequada.

5. Se a planta estiver no jardim ou floreira ao ar livre e recebe água da chuva, então regue quando não chover. Se chover por dias seguidos,  deixe o solo secar para regar.

6. Se a planta está dentro de casa ou em sacada que não toma chuva, então regue em dias alternados (no verão) e uma a duas vezes por semana no inverno, sempre observando a umidade do solo conforme explico a seguir.

7. Porque é  melhor regar a planta bastante de uma vez e molhar de novo somente quando secar o solo? A explicação técnica para isto é:   Se a gente molha pouco, de forma superficial, as raizes não se aprofundam no solo e ficam na camada superficial  do solo.  Se regamos bem num dia, deixamos a agua penetrar nas camadas mais profundas do solo, a raíz vai buscar a agua mais fundo e fica mais profunda. E a planta fica com sistema radicular mais resistente e desenvolvido. Assim, ela consegue resistir a períodos de seca.

8. Teste do “dedômetro”: Para verificar se a terra está seca e precisando de rega, faça o seguinte: com uma pá de jardim, faça um furo e veja como ficou a terra a uns 10 cm de profundidade, se está  úmida, porque é nesta profundidade ou mais, que as raizes estão. Toque com o dedo para ver se a terra está úmida ou seca. Com o tempo, você aprende a ver pela cor da terra se está seca.

9. Molhar demais prejudica a planta. Se o solo estiver sempre molhado, as raízes podem apodrecer. Com excesso de umidade nas raízes, podem ocorrer doenças fúngicas e matar a planta.  Com exceção para espécies aquáticas que possuem o caule adaptado a esta condição.

10.  A dosagem de água é um equilíbrio sensível, é preciso observar as condições climáticas e a espécie da planta.

11. Existem modelos de vasos autoirrigáveis que facilitam a tarefa de regar com frequência. Estes vasos possuem um reservatório acoplado, que garantem o fornecimento de água para a planta. Foto a seguir, vaso autoirrigável da  @tramontinaoficial

Vaso autoirrigável da Tramontina com flores comestíveis.

 Veja como a falta e o excesso de água prejudicam a planta.

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